sexta-feira, 16 de outubro de 2009

PRESIDENTE FAZ COMENTÁRIO INFELIZ

Hoje, pela manhã, li uma notícia no site http://www.comuniquese.com.br/ (por sinal um veículo excelente de comunicação), voltado mais aos jornalistas. È impossível não discutir tal notícia. Veja informação da redação do Comunique-se:

Lula diz que imprensa brasileira é 'azeda'Da Redação
Durante visita às obras da transposição do rio São Francisco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a imprensa nacional. Em sua opinião, ao contrário dos veículos internacionais, que possuem uma imagem positiva do Brasil, a imprensa nacional é “azeda” e “joga pra baixo”.
“Se vocês acompanharem a imprensa internacional (...) e vocês lerem o que eles pensam do Brasil – pensam, não –, o que eles afirmam da economia brasileira, e você pegar a imprensa brasileira, você pensa que está em outro país, porque aqui é um jogar para baixo. Aqui, eu vou contar uma coisa, vá ser azedo assim em outro lugar”, afirmou nesta quinta-feira (15/10), em entrevista concedida a rádios de Minas Gerais e de estados do Nordeste.
De acordo com o presidente, a conquista do direito de sediar uma Olimpíada mostra como o mundo enxerga o Brasil. “Por que vocês pensam que nós ganhamos as Olimpíadas? Não foi pelos belos olhos do Lula, do Sérgio Cabral ou do prefeito”, afirmou.

Agora....análise de Juliana Destro Facuri

Acredito que o nosso presidente não tenha em mente o real conceito do papel da imprensa brasileira. Informar, debater, provocar, indagar e investigar... esses pontos são cruciais para se manter e fortalecer a nossa democracia. A imprensa brasileira incomoda o nosso presidente porque ela informa as verdades e mostra ao nosso povo brasileiro, a maioria infelizmente sem cultura e informação, as verdades sobre os acontecimentos mundiais e brasileiros.

O povo brasileiro não tem como acompanhar a notícia de diversos setores do Brasil na sua própria fonte. Trabalhadores não têm como ficar na porta do Congresso Nacional, ou visitar diariamente nossas prefeituras, e checar a agenda de nossos governantes. Para outros assuntos também não teríamos como buscar informações em sua própria fonte. Graças a imprensa, temos a notícia de cada dia cada vez mais perto e mais eficaz. Existem veículos sem o mínimo padrão de ética, mas são a minoria. Mas, com a imensidão de meios de comunicação que nos rodeia, conseguimos detectar esses veículos que não trabalham com seriedade e respeito.

Acompanho notícias do Brasil e do Mundo em alguns veículos SÉRIOS internacionais e posso perceber que o nosso Presidente está um tanto equivocado. Não é possível que ele não tenha vergonha como eu tenho ao ler algumas notícias do Brasil em jornais como El Argentino (espanhol), BBC News On Line (Londres), El Liberal (espanhol) e os ingleses Euroweek e Financial Times (excelente veículo de Londres voltado à editoria de negócios). Os jornalistas do The New York Times são, muitas vezes, bastante otimistas em relação ao Brasil, mas também apuram notícias e possuem fontes de informação no Brasil.

Enfim, o que será que é uma imprensa “azeda” para o nosso presidente? Ao meu ver, imprensa azeda é aquela que apura sem influências e preferências. Advogados lidam com problemas da população. Então eles são azedos, por isso? Jornalistas têm o papel de cobrar, informar e tentam melhorar o País, porém, lidam principalmente com informações ruins e notícias catastróficas. Vendo por este lado....somos azedos mesmo... lidando somente com notícias ruins.

Afinal, o papel da imprensa (MUNDIAL) é informar a população para que as pessoas possam cobrar aquilo que lhes é de direito. Notícias boas e “bonitinhas” infelizmente não mudam um País e não permitem melhoras e os benefícios da DEMOCRACIA.

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A DFpress é uma empresa de comunicação corporativa, com foco em assessoria de imprensa. Ela é dirigida pela jornalista Juliana Destro Facuri, formada pelas Faculdades Integradas de São Paulo – FISP – FMU. No mercado há 16 anos, dirige todos os trabalhos e coordena minuciosamente os projetos e estratégias aplicadas. Trabalhou em agências com níveis de excelência reconhecidos pelo mercado, gerenciando a comunicação de grandes empresas nacionais e multinacionais. Foi responsável pela criação de departamentos de comunicação em diversas organizações. Atuou como repórter de jornais e free lancer de revistas (O Estado de S. Paulo / Jornal da Tarde / Guia de Fornecedores da Construção, Revista Consulte Arte & Decoração / Revista Mão na Massa e Revista Construlista). Antes de fundar a Dfpress, na cidade de Jundiaí, atuava como assessora de imprensa em São Paulo, atendendo destacadas empresas, como Walt Disney Company, All Star, Josapar, Laticínios Milenium e outras.

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