quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A COMUNICAÇÃO EM ÉPOCA DE CRISE

Esse artigo é especial para mim, pois abordo um tema sugerido pela minha grande mestre do jornalismo e da vida... minha tia Silvana Destro, na qual me inspirei e tanto adquiri conhecimentos e oportunidades.

A comunicação em época de crise

Nas crises mais agudas, organizações descobrem oportunidades ímpares de se destacar na multidão (normalmente desnorteada). Manter programas de comunicação – interno e externo – faz muito bem à saúde das empresas, porque mantém suas marcas em evidência, emitem sinal de otimismo, motivando a tropa, e finalmente reforçam o recall de seus produtos. Na bonança, o consumidor final, formadores de opinião e governo, emitirão os sinais positivos do investimento.

Hoje, mais do que nunca, as pessoas estão começando a entender que a comunicação empresarial é a base da organização, o alicerce que possibilita a construção de sua imagem. Mas, ainda existem executivos que tratam a comunicação como um supérfluo. Ao contrário do que muitos pensam, é na crise que empresários devem informar, comunicar, responder, esclarecer, implantar, perceber e analisar.

Pode ser perigoso à organização se retrair e tomar decisões como enxugar a equipe, reduzindo o número de funcionários, e também cortar todo o trabalho de comunicação e marketing. Numa crise, demitir funcionários é sinônimo de desmotivar os que ficaram, tornando-os amedrontados e inseguros. Abolir, nesta fase, a comunicação permite que os consumidores avaliem e pensem como quiserem a seu respeito.

A comunicação corporativa, com todas as suas ferramentas, nos permite o sucesso na implementação de metas, objetivos e estratégias. Uma equipe bem informada e integrada busca o mesmo resultado, sem que haja falhas nas informações.

Hoje em dia, não adianta fazer e não dizer! E é importante saber aproveitar de um momento de crise para se destacar. É nesta época difícil que os profissionais de sucesso e visão se mostram e garantem sua permanência nesse mercado tão competitivo.

O publicitário Duda Mendonça disse, certa vez, que “a comunicação não é o que se diz, mas o que o outro entende”. No entanto, quem não comunica permite que o outro entenda o que quiser, baseando-se em deduções. As empresas precisam ter um plano de comunicação para fazer com que o público entenda o que você quer transmitir.

Numa época de crise, a imprensa parece que só tem esse assunto. As conversas entre amigos, familiares e até “papos de elevador” abordam tal tema. Todos os cidadãos ficam contaminados com o assunto “crise”. Há suposições, estimativas, hipóteses, análises e pessoas avaliando o mercado o tempo todo. O que mais as pessoas querem ler ou escutar é uma palavra positiva em meio a um cenário complicado. Por que não comunicar e se fortalecer na época de crise? Por que não se diferenciar e mostrar a sua força ao mercado? Os leitores e seu público alvo estão atentos nesta época e você pode mostrar o quanto a empresa é forte e como estão tendo “jogo-de-cintura” para sair de um momento difícil.

Um leve “burburinho” no mercado informando que a crise irá provavelmente afetar a economia já pode significar, para algumas empresas, corte de gastos por medo do momento que ainda virá. Nós comunicadores não podemos deixar que o empresário tenha uma visão equivocada e trate a comunicação como uma “ajudinha” dentro da organização. A comunicação será a responsável pelo modo como o seu cliente te vê. “Reagir” num momento de crise e informar pode ser tão benéfico como uma ação estratégica de marketing e/ou mídia.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

JORNALISTA TEM QUE TER DIPLOMA?

Esta é uma discussão longa e infindável। Mas, gostaria de esclarecer alguns pontos e também emitir a minha opinião, já que onde estou me perguntam: O que você acha do fim da exigência do diploma para jornalistas? Esta discussão teve início, primeiramente, para que os jornalistas, sem diploma, que trabalham há muito tempo na área, não fossem ameaçados em seus cargos. Existem muitos profissionais mais antigos que iniciaram carreira em veículos de comunicação sem o diploma de jornalista e, por diversas vezes, tiveram sua ocupação ameaçada. Claro que não seria justo demitir profissionais que exercem brilhantemente a profissão, somente por não terem cursado uma faculdade. Ao mesmo tempo, não tem como generalizar e dizer que não é mais preciso fazer jornalismo para seguir tal carreira. São situações diferentes e cada caso deve ser individualmente analisado, por isso não concordo com a lei.

O jornalista, antes de tudo, deve ter o compromisso com a ética. Deve haver uma grande responsabilidade por escrever para milhões de pessoas, ser um formador de opinião, e redigir matérias e textos de diversos assuntos. Há uma necessidade desses profissionais serem bem informados, cultos e estarem dispostos a fazer um exercício diário de aprendizagem. Existem pessoas que escrevem bem e, por isso, ingressam na profissão sem ter feito a faculdade, porém acabam ficando sem a base ética e as regulamentações.

Em inúmeras profissões existem pessoas que exercem seus cargos com maestria, sem ter o diploma. Conheço um empresário fantástico. Um empreendedor que construiu um império imenso no ramo de ar condicionado. Ele possui indústrias no setor e sempre comandou grandes equipes de engenharia, com toda capacidade que “Deus” e seus conhecimentos lhe deram. Ele não passou pela universidade, mas realizou a vida toda um trabalho excelente e exemplar dentro da engenharia. Aliás, ele fez história na área. Tem como os engenheiros discutirem e acharem que ele não deve ser considerado engenheiro? Claro que não!! Ele é mais engenheiro do que muitos engenheiros graduados, pós graduados, mestres e doutores na profissão. Como esse profissional, existem inúmeros outros que exercem a carreira de jornalista por terem o dom de escrever e de transmitir a informação.

Só não acho correto por causa de alguns casos isolados e específicos acabarem com a obrigatoriedade do diploma. Para defender a atuação de alguns poucos profissionais que atuam sem diploma com muita competência, decidiram abolir a faculdade? O que está havendo em nosso País?

Eu estava conversando, há cerca de um mês, com uma profissional do Ministério do Trabalho de Jundiaí. Ela me disse que depois desta lei, que não obriga mais o diploma para exercer a profissão, houve inúmeros pedidos de MTB (de jornalistas) para profissionais de inúmeras áreas. Esta profissional, que é até chefe de um setor, me disse que empregadas domésticas, secretárias, enfermeiras e outras pessoas, com outros cargos, foram atrás do MTB porque ouviram que não precisava mais de diploma para ser jornalista e então decidiram fazer parte desta profissão. Depois de saber deste fato, minha vontade era de rir.

É muito importante que nós jornalistas informemos essas pessoas o porquê dessa lei. Se essas pessoas conseguirem o MTB, o guardarão com muito carinho dentro de suas gavetas. Que hipocrisia achar que a partir de agora poderão ser jornalistas e, ainda, se iludem ganhar mais dinheiro porque agora possuem uma profissão mais rentável.

Quero deixar muito claro aos estudantes de jornalismo que empresas de comunicação jamais deixarão de contratar pessoas formadas, preferindo os aventureiros de profissão. Eu tenho uma empresa de comunicação corporativa e não contrato profissionais sem diploma para atenderem meus clientes.

Não é preconceito. Já provei que os jornalistas sem diploma, que exercem a profissão há anos com maestria, são considerados mais do que profissionais por mim. Mas, essas pessoas são minoria. Além disso, são profissionais que ao longo dos anos receberam a formação pela vida. Sabem exercer a ética e o papel de formador de opinião melhor do que muitos com diploma. Mas, volto a afirmar que são exceções. Cada caso deve ser analisado.

Como disse Willian Bonner, em entrevista para a jornalista Marília Gabriela no dia 18 de outubro, empresas de comunicação do porte da Rede Globo jamais contratarão profissionais sem o diploma. Ao meu ver, nem empresas de menor porte abrirão mão de contratar profissionais com curso superior.
Por conta de tudo isso que escrevi acima, continuo me orgulhando de ser jornalista, com diploma, e de fazer parte de uma profissão que me ensina tanto e me permite conhecer diversos universos e setores

Por Juliana Destro Facuri

Quem sou eu

Minha foto
A DFpress é uma empresa de comunicação corporativa, com foco em assessoria de imprensa. Ela é dirigida pela jornalista Juliana Destro Facuri, formada pelas Faculdades Integradas de São Paulo – FISP – FMU. No mercado há 16 anos, dirige todos os trabalhos e coordena minuciosamente os projetos e estratégias aplicadas. Trabalhou em agências com níveis de excelência reconhecidos pelo mercado, gerenciando a comunicação de grandes empresas nacionais e multinacionais. Foi responsável pela criação de departamentos de comunicação em diversas organizações. Atuou como repórter de jornais e free lancer de revistas (O Estado de S. Paulo / Jornal da Tarde / Guia de Fornecedores da Construção, Revista Consulte Arte & Decoração / Revista Mão na Massa e Revista Construlista). Antes de fundar a Dfpress, na cidade de Jundiaí, atuava como assessora de imprensa em São Paulo, atendendo destacadas empresas, como Walt Disney Company, All Star, Josapar, Laticínios Milenium e outras.

Seguidores